A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) emitiu na última quinta-feira (23) a Licença de Operação para a ETA (Estação de Tratamento de Água) de Itapira com validade até 2029.
O processo havia sido iniciado em 2013 e, desde então, foram realizadas diversas visitas com emissão de pareceres e recomendações para adequação das instalações e documentações às normas vigentes.
A conquista da certificação só foi possível após cumprimento de todas essas recomendações do órgão ambiental, sendo uma das principais – solicitada em maio de 2021 durante vistoria – a redução do inventário de cloro (cloro gás – utilizado como oxidante e desinfectante no tratamento da água) ou mesmo a substituição desse produto visando a redução do risco gerado pela ETA ao seu entorno.
Durante o segundo semestre de 2021, o Saae realizou testes com todos os produtos químicos indicados e chegou à conclusão que o dióxido de cloro foi o que atendeu de forma mais eficaz e satisfatória a todas as suas necessidades. Desta forma, concluiu a substituição em dezembro do mesmo ano.
Após a substituição desse produto, a autarquia adequou as instalações da ETA para o armazenamento dos produtos e para a instalação de novos equipamentos que são necessários para o processo.
Para isso, em 2022 foram adquiridos três novos reservatórios para o armazenamento de hipoclorito de sódio e para os insumos utilizados para formar o dióxido de cloro (clorito de sódio e ácido clorídrico).
Para a instalação dos reservatórios novos foram executados diques em concreto armado para contenção de possíveis vazamentos, assim como adequação dos diques já existentes para atendimento às normas vigentes.
O Saae já dispunha dos reservatórios para armazenar os produtos químicos PAC – Policloreto de Alumínio (20 mil litros), Soda (6 mil litros), Flúor (2 mil litros) e outro tanque com capacidade para 10 mil litros utilizado como reserva, para ser utilizado caso necessário, para manutenção dos demais existentes.
Outra melhoria em andamento é a reforma de uma sala interna da ETA para instalar as novas dosadoras dos produtos químicos utilizados para a formação do dióxido de cloro, além das dosadoras de PAC, Soda, Flúor e Hipoclorito de Sódio, que estão instaladas na parte externa do prédio.
Essa reforma contemplou o assentamento de piso cerâmico, azulejo nas paredes, novas instalações elétricas, hidráulicas e pintura.
“Foram todas essas melhorias executadas durante nossa gestão e o cumprimento das exigências da Cetesb com relação aos laudos e relatórios que culminaram na conquista dessa Licença de Operação valida até 2029, algo inédito na história do Saae”, destacou o presidente Carlos Vitório Boretti de Ornellas.