Situada na Rua Professor Fenízio Marchini, região da Vila Penha do Rio do Peixe, a sede da Ascorsi (Associação dos Coletores de Resíduos Sólidos de Itapira) vem sendo alvo constantes de atos de vandalismo.
Além de casos de furtos de materiais e equipamentos que também costumam ser registrados no espaço, o local também vêm se tornando palco de descarte irregular de lixo orgânico e até pichações das paredes.
A nova pintura do prédio, por exemplo, não durou três meses sem ser novamente danificada. Somente neste ano, os ataques já resultaram em prejuízos que superam a casa dos R$ 1 mil em reparos.
O caso mais recente aconteceu no último fim de semana, quando mais uma vez a fachada da entidade amanheceu com muito lixo espalhado. “Percebemos que os atos de vandalismo começaram a se intensificar neste ano”, lamenta a educadora ambiental da Ascorsi, Brenda Brianti.
Embora haja câmeras de segurança no local, as ações criminosas costumam ocorrer em períodos noturnos, o que dificulta a identificação dos autores. Segundo Brenda, vizinhos também estão incomodados com a situação.
“O pessoal deixa lixo que não é reciclável aqui, e muitas vezes aparece tudo espalhado. Estamos sendo cobrados até mesmo pelos vizinhos, e o mau-cheiro acaba atraindo bichos. Fora que nossos colaboradores perdem tempo para arrumar tudo isso”, completou.
Para tentar coibir os atos, a entidade tenta conseguir apoio para instalar portões e grades, impedindo o acesso à área de recuo defronte ao prédio. Os pedidos já formulados à Prefeitura, entretanto, foram negados.
Uma emenda ao Orçamento Municipal apresentada pelo vereador Leandro Sartori (Psol) pretendia remanejar R$ 60 mil para custear tanto o portão quanto um Ecoponto na sede da Ascorsi, mas a iniciativa também naufragou a partir da rejeição dos vereadores governistas.
- OUTRO LADO
A Prefeitura foi questionada sobre alguma possível solução para o caso ou eventuais apoios, bem como sobre a possibilidade da intensificação de rondas da GCM (Guarda Civil Municipal) na região da sede da entidade.
Em nota, a administração disse que “a negativa do pedido protocolado ocorreu porque não há embasamento legal para que o município faça repasse de recursos para essa finalidade”.
A Prefeitura destacou ainda que, neste ano, foram feitos “quase R$ 700 mil em repasses à Ascorsi através da subvenção e (pagamento do) aluguel do prédio”.
“Em relação à segurança, com o recente aumento do efetivo da GCM serão intensificadas as rondas no local. Ações com a Secretaria Municipal Promoção Social e com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente que já foram realizadas anteriormente também deverão ser repetidas”, finaliza a nota.