Depois de uma bem sucedida edição de estreia realizada em junho do ano passado, o Dia do Grafite na Vila confirmou sua segunda edição para o próximo dia 25 de novembro, um sábado, na Vila Ilze.
A programação começa às 9h00 e ocupa trecho da Rua Marechal Hermes da Fonseca, ao lado da Escola Estadual ‘Pedro Ferreira Cintra’. O evento é gratuito e aberto ao público e reúne atrações de várias linguagens relacionadas à arte e cultura urbana.
Com o slogan ‘arte na rua da ponte pra cá’, o Dia do Grafite na Vila terá como principal destaque a pintura de um mural de aproximadamente 96 metros de comprimento por 2,60 metros de altura pelo lado de fora da unidade escolar, conforme já autorizado pela Diretoria Regional de Ensino.
Para isso, foram convocados os grafiteiros José Flávio Audi, Luana Caroline dos Santos Alexandre (Luly), Regina Elias da Costa (Ziza), Daniel Araújo de Almeida (Dimeh), Caio César Sena dos Anjos (MTK), Marta Christine Henriksen Oliveira (Miss) e Júlio César Elias da Silva (Miojo), além do fotógrafo e artista contemporâneo Danilo Cunha e da muralista e artista visual Gislaine Martins Mendonça (Gim).
Além disso, haverá discotecagem com os DJs Elivelto de (Lai), Carlos Rafael Júnior (Big) e Jaqueline Alves Pereira (Jaspe) e show ao vivo com a cantora Teresa. As opções de alimentação ficarão por conta da hamburgueria Burger’s House.
De acordo com o idealizador do evento, o professor, DJ, fotógrafo e produtor cultural João Oliveira, a ação foi inspirada no Dia do Grafite que acontece anualmente, sempre em abril, no tradicional bairro do Bixiga, em São Paulo (SP).
A iniciativa na Vila Ilze foi contemplada na Chamada Pública 2/2023 do Programa de Difusão da APAA (Associação Paulista dos Amigos da Arte) e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Itapira.
A inscrição do evento no edital aconteceu depois que Oliveira foi procurado pelo diretor de Cultura e Turismo, Ezequiel Barel, que informou sobre a possibilidade de que o edital representasse uma fonte de financiamento para o evento.
Além disso, a Prefeitura de Itapira, por meio da pasta do secretário municipal de Cultura e Turismo, César Lupinacci, também forneceu a estrutura de tendas, banheiros, palco e som, por exemplo.
“O objetivo do Dia do Grafite na Vila é promover o grafite enquanto arte urbana através da ocupação do espaço público e periférico. A parte de discotecagem é inspirada no estilo jamaicano da Sound System, festa realizada na rua e envolvendo diferentes pessoas e promovendo encontros inusitados”, diz Oliveira.
Como contrapartida à escola também foi oferecida uma oficina de colagem analógica protagonizada pelo artista Danilo Cunha e cujas obras criadas pelos alunos se converterá, no dia do evento, em uma exposição como forma de estimular a presença e a participação da comunidade.
De acordo com Oliveira, esse é o segundo passo no sentido da criação de um roteiro do grafite no município, formado por uma série de murais que representam verdadeiras galerias de arte a céu aberto com potencial de incentivar a atividade do turismo cultural e criativo.
“Continuaremos a fomentar uma rede de economia criativa, conectando diferentes artistas tanto de Itapira quanto da região. Uma rede que integra os artistas, prestadores de serviço, jornalistas, organizadores de eventos, espaços culturais, entre outros, e ainda incentiva novos talentos, como no caso dos alunos e alunas contemplados pela oficina de colagem analógica”, finaliza Oliveira.
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2º Dia do Grafite na Vila
Dia 25 de novembro – 9h00
Rua Marechal Hermes da Fonseca – Vila Ilze
Itapira – SP – Evento gratuito e aberto ao público
Realização: Massa Brasilis e Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Itapira
Apoio Cultural: Associação Paulista Amigos da Arte e Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo
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Sobre os artistas participantes:
DJ Big T: projeto experimental criado por Carlos Rafael Júnior, residente em Itapira e amante da Black Music, com propósito de disseminar a cultura Hip Hop. Atualmente é considerado um DJ ‘open format’ cujo repertório transita não só pelo Hip Hop dos anos 1990, mas também pelo R&B, Soul, Funk, Reggae, Reggaeton e Música Brasileira.
Danilo Cunha é fotógrafo e artista visual residente em Mogi Mirim (SP). Iniciou na fotografia em 2017 criando vídeos de skate e cenas urbanas. Desde então, a identidade de suas obras vêm criando formas, volume e densidade, com imagens geralmente carregadas de conteúdo social, às vezes de cunho sarcástico e provocativo.
Dimeh é ilustrador digital e grafiteiro da velha escola da cidade de Campinas (SP), atuando há mais de 20 anos, período no qual vem desenvolvendo trabalhos em murais, ambientes internos para projetos de arquitetura e para marcas.
Gim Martins é muralista e artista visual, com formação em Arquitetura e Urbanismo, e participou de diversas mostras, exposições e eventos. Já pintou mais de 200 paredes, incluindo paredes internas e externas, grandes murais e fachadas. Possui murais nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e no Exterior. Atualmente trabalha com pinturas em murais, projetos de arquitetura de interiores e decoração.
DJ Jaspe iniciou sua carreira em 2014 se apresentando em festivais com sets que incluem desde a raiz da Música Brasileira, black Music e Trrap, até o bom e velho Hip Hop, sempre enfatizando a representatividade feminina na cena com muitos sons produzidos e representados por mulheres.
Zé Flávio é itapirense, formado em Psicologia, e optou pelo amor às artes desde 2008. Da pintura de telas em um ateliê em Campinas (SP) partiu para os trabalhos com grafite, pintando murais em ruas, escolas, hospitais psiquiátricos, comércios, etc. Atualmente também atua como tatuador no município campineiro.
Teresa é cantora residente em Itapira, tendo iniciado seus estudos musicais aos oito anos de idade na Casa das Artes, onde aprendeu flauta doce, flauta transversal e violão. Em 2020 lançou sua primeira música autoral, ‘Forças’, e desde então atua como cantora e compositora desde a fase instrumental até a direção de seus videoclipes.
DJ Lai, também de Itapira, é um forte nome na cena underground de Itapira e região. Foi residente durante muitos anos no Capitão Black Pub com set voltado ao Pop Rock. Faz parte de coletivos de Grafite e Hip Hop e também do projeto social Voz Comunitária. Suas Influências musicais vão de Brasilidades, Soul Funk 70s, Hip Hop , BreakBeat e Drum n’ Bass, com repertório cheio de energia e repleto de mensagens positivas.