O Sicomvit (Sindicato do Comércio Varejista de Itapira) se manifestou em favor do retorno do Horário Brasileiro de Verão. Na avaliação da entidade de classe, a medida “aumentaria a presença de consumidores e potencializaria regiões turísticas”.
O possível retorno do horário de verão vem sendo avaliado pelo Ministério de Minas e Energia para conter os efeitos da falta de chuvas e evitar o acionamento das usinas termoelétricas, que têm custos de geração maior em comparação a outras fontes de energia.
A proposta, porém, enfrenta resistência de vários setores econômicos, o que já teria desestimulado o governo a voltar com o sistema adotado pela última vez em 2019.
Paralelamente ao debate relacionado à energia elétrica, o sindicato itapirense enfatiza que a ideia do retorno do horário de verão é positiva. E, para isso, o Simconvit, atualmente presidido por Francisco de Assis Francioso, elencou diversos fatores.
“O principal deles é que, com o adiantamento dos relógios em uma hora e, portanto, luz natural por mais tempo ao fim da tarde, há mais disposição para que as pessoas consumam produtos e serviços. Com luz natural, a sensação de segurança é maior e, em paralelo, pode significar aumento das vendas”, afirma a nota divulgada pela entidade.
“Para o comércio, os serviços e o turismo, ainda é uma ótima oportunidade de os estabelecimentos se manterem mais tempo abertos, atraindo a clientela ou ampliando a disponibilidade para novos clientes serem atendidos. Esse atendimento ampliado — uma outra boa notícia — não aumentaria os custos fixos do negócio. Ao contrário, com mais luz natural ao longo do dia, a tendência é justamente que os gastos com eletricidade diminuam”, continua o texto.
Além disso, defende o sindicato, nas regiões turísticas o horário de verão pode potencializar a presença de visitantes, já que sobra pelo menos uma hora a mais para fazer compras, conhecer lugares e consumir serviços.
“Da mesma forma, ganha-se mais tempo para promover eventos ou planejar promoções específicas para vender mais. São fatores relevantes em uma conjuntura econômica na qual, de um lado, os consumidores ainda convivem com endividamento e juros altos e, de outro, estão em meio a um mercado de trabalho aquecido e aumento da massa de renda, que estimulam o consumo”, conclui o comunicado.