O bebê de um ano e cinco meses, internado em Itapira após ingerir uma pedra de crack, continua em estado grave.
Na noite de quarta-feira (13) ele foi transferido do Hospital Municipal da cidade para o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, em Campinas, onde permanece na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Segundo informou a assessoria de imprensa do HC na manhã desta quinta-feira (15) e de sábado (16), o estado da criança é grave. Contudo, o órgão informou que por se tratar de um menor de idade, as informações mais aprofundadas sobre o tratamento do bebê não serão divulgadas neste momento.
A reportagem do ItapiraNews também conversou, nesta manhã, com o diretor clínico do Hospital de Itapira, Luis Otávio Barros Vieira. Foi ele quem liderou a equipe médica que prestou os primeiros socorros ao bebê, que chegou ao Hospital por volta das 16h30, com quadro de parada respiratória.
“Ele chegou cianótico (coloração azul-arroxeada de pele) ao Hospital, e foi imediatamente reanimado, oxigenado e entubado, mas começou a convulsionar”, frisou. Segundo ele, o bebê foi estabilizado e preparado para ser transferido para Campinas, quando sofreu nova parada respiratória, e foi mais uma vez reanimado. “A transferência ocorreu às 20h10 e, durante o trajeto até Campinas, o bebê não teve alterações em seu quadro clínico”.
A criança deu entrada no Hospital com sintomas de overdose. A mãe do bebê foi detida pela Polícia Militar e levada à Delegacia de Polícia. Ao delegado Fernando Zucarelli, ela afirmou que o bebê entrou em contato com a droga ao brincar na calçada de casa, na Vila Ilze. Ela teria percebido e tentado impedir a ingestão da pedra. O diretor clínico do Hospital de Itapira confirmou que a droga foi engolida pelo bebê. Ele disse que ainda não é possível afirmar se a criança ficará com alguma sequela. A mãe, uma mulher de 36 anos que possui outros cinco filhos e não tem antecedentes criminais, prestou depoimento e foi liberada.