O vice-prefeito de Itapira, Mário da Fonseca (União Brasil), confirmou que a Prefeitura já se mobiliza para proceder com a demolição do complexo industrial abandonado na região do Cubatão.
Mais de três meses após a decisão judicial que determinou que as ruínas dos prédios do local fossem colocadas ao chão, os esqueletos dos antigos barracões seguem em pé e a área continua sendo motivo de muita preocupação da vizinhança.
Além de atos ilícitos e um verdadeiro entra e sai de pessoas suspeitas, o imóvel abandonado também acumula criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue.
A confirmação de que a Prefeitura pretende assumir o processo de demolição foi feita ao Itapira News nesta quinta-feira (23), depois de inúmeras tentativas totalmente infrutíferas de acordo com um empresário de Campinas (SP) que é réu na ação apontado como responsável pelo imóvel.

“Nós vamos derrubar (o prédio). Tentamos de todas as formas fazer um acordo com o proprietário para agilizar os trâmites, porém não tivemos sucesso. Há uma relutância muito grande devido às questões judiciais que envolvem o prédio”, disse o vice-prefeito.
De acordo com ele, o setor jurídico da Prefeitura deverá pedir à Justiça uma autorização para que a Prefeitura faça a demolição, com posterior cobrança ao proprietário ou proprietários da área.
Na decisão judicial expedida no dia 9 de março em ação movida pelo próprio município, a juíza Vanessa Aparecida Bueno já determinou que a Prefeitura poderia proceder com a demolição caso o réu não adotasse providências dentro de até 30 dias.
Porém, o homem apontado como responsável pelo imóvel não chegou a ser citado formalmente pela Justiça. Na prática, o prazo acabou não contando e por isso a administração pretende buscar autorização legal para embasar a ação.

A reportagem, inclusive, apurou que nos últimos dias equipes de várias secretarias municipais estiveram no complexo industrial para documentar as mais diversas situações que afrontam a normalidade.
“Nosso Jurídico está fazendo estudos junto aos diversos setores da Prefeitura que são diretamente afetados com essa situação e vamos juntar tudo e pedir à Justiça que o município possa fazer o serviço e mandar a conta aos proprietários, seja lá quem e quantos forem, eles que se entendam depois”, disse Fonseca.
Para o vice-prefeito, a situação chegou a um ponto insustentável. “Não dá mais para continuarmos com esse problema como ele está. A sociedade não pode mais e nem merece conviver com essa situação, precisamos resolver”.